segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cibercriminosos exploram morte de Amy Winehouse em novo golpe na internet

Desconfie sempre de informações "bombásticas" relacionadas a fatos em voga; elas podem ser falsas!

25 de Julho de 2011 | 15:27h

Sabendo que a morte da estrela Amy Winehouse deixou uma legião de fãs desapontados, cibercriminosos não perderam tempo e lançaram um novo golpe. Já há um spam circulando pela internet, com o título "Agência de notícias inglesa divulga foto exclusiva do corpo de Amy Winehouse ao ser encontrada. Bebidas e possiveis drogas sao vistas com clareza” (sic.)

No corpo do e-mail aparece um falso link de notícias do portal G1. O endereço, que já foi bloqueado pela empresa de segurança Trend Micro, carregava um malware detectado como TROJ_BANKER. De acordo com a empresa, mais de 17 mil pessoas já executaram o arquivo, capaz de invadir contas bancárias e roubar senhas do Hotmail.

Assim que o internauta clica no link, um suposto vídeo é baixado. O arquivo - na verdade, um programa malicioso - abre uma tela do Internet Explorer direcionada para uma página falsa do Google. A ameaça se instala na máquina da vítima como googlebar.exe e é executada toda vez que o Windows é iniciado.

O malware também altera um arquivo do Windows chamado Hosts, que identifica o caminho da página que o usuário deseja acessar. Dessa forma, ao acessar a página de um internet banking, por exemplo, a pessoa é direcionada para uma página clonada, que solicita informações confidenciais como senhas, números do itoken etc.

A Trend Micro aconselha que os fãs de Amy sigam as seguintes dicas, ao buscar informações sobre a cantora na internet:

- Ao invés de usar palavras-chave na busca por notícias, opte por sites confiáveis.
- Acesse o site de notícias diretamente pelo seu endereço no navegador, é melhor do que clicar em resultados aleatórios em sites de busca.
- Cheque de onde veio a informação, pode ser um vírus enviado via backtracking ou Twitter.
- Caso o computador não esteja completamente protegido, pode ser contaminado. Por isso, mantenha o antivírus sempre atualizado
- Nunca esqueça que qualquer informação via rede social ou e-mail pode ser falsa. Desconfie sempre!

Proposta de redação


Você acaba de ler a notícia acima e, preocupado com os perigos a que um internauta pode estar exposto devido ao novo vírus relatado na matéria, decide escrever um e-mail para um amigo ou parente, alertando-o sobre os perigos dessa nova ameaça.

O e-mail deve ser endereçado a andre.alselmi@gmail.com

Não se esqueça de preencher o campo “assunto”.

Ao assinar o e-mail, coloque seu nome completo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PROPOSTA UNB 2010

Assim como o telefone e o rádio, o fonógrafo tem uma longa história na imaginação do homem, pois captar e preservar a trama do som vivo era uma ambição antiga. Na mitologia babilônica, há referências a uma sala especialmente construída em um dos zigurates, onde os sussurros permaneciam para sempre. Segundo uma antiga lenda chinesa, um rei tinha uma caixa preta secreta na qual proferia suas ordens e, depois, mandava a caixa a seus ministros para que as ordens percorressem todo o reino.
 
R. Murray Schafer (com adaptações)

PARAFUSO VOADOR

Um dos mais famosos projetos de Leonardo da Vinci, o do “helicóptero”, provavelmente, nunca saiu do chão. A curiosa geringonça, que seria operada por uma equipe de quatro homens, possivelmente, foi inspirada em um moinho de vento de brinquedo popular na época.  

Internet: (com adaptações)

EXPRESSO 2222
Gilberto Gil
 
Começou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois
Começou a circular o Expresso 2222
Da Central do Brasil
Que parte direto de Bonsucesso
Pra depois do ano 2000
Dizem que tem muita gente de agora
Se adiantando, partindo pra lá
Pra 2001 e 2 e tempo afora
Até onde essa estrada do tempo vai dar
Do tempo vai dar
Do tempo vai dar, menina, do tempo vai
Segundo quem já andou no Expresso
Lá pelo ano 2000 fica a tal
Estação final do percurso-vida
Na terra-mãe concebida
De vento, de fogo, de água e sal
De água e sal, de água e sal
Ô, menina, de água e sal
[...]

WALL-E

Elenco: Vozes na versão original de: Fred Willard, Jeff Garlin, Ben Burtt, Kim Kopf, Garrett Palmer, Sigourney Weaver.
Direção: Andrew Stanton
Gênero: Animação
Distribuidora: Disney
Estreia: 27 de junho de 2008

Sinopse: Após entulhar de lixo a Terra e poluir com gases tóxicos a atmosfera, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave. De acordo com o planejado, o retiro deveria durar alguns poucos anos, enquanto os robôs deixados na Terra limpassem o planeta. Wall-E é o último desses robôs, que se mantém em funcionamento graças ao autoconserto de suas peças. Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres maiores que arranha-céus, e em colecionar objetos curiosos que encontra durante o seu trabalho. Um dia, repentinamente, surge uma nave que traz um novo e moderno robô: Eva. Curioso, a princípio, Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada.

Considerando que os textos da prova e os acima apresentados têm caráter unicamente motivador, redija um texto argumentativo, a respeito do tema a seguir.
 
A IMAGINAÇÃO É O PRIMEIRO MEIO DE TRANSPORTE DO SER HUMANO

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Proposta Unicamp 2004

APRESENTAÇÃO DA COLETÂNEA

A cidade é um lugar significativo da experiência humana. Ela tem sido objeto de reflexão de geógrafos, urbanistas,
historiadores, profissionais da saúde, estudiosos da linguagem, filósofos, engenheiros, matemáticos, artistas, enfim, de
muitos profissionais que procuram entender seu funcionamento. Ao atrair tantas e tão variadas atenções, a cidade mostrase
complexa e multifacetada.

COLETÂNEA

1. No primeiro sinal verde após o relógio do canteiro central marcar 12h40min, cerca de cem pessoas atravessaram a
Avenida Paulista, na altura da Rua Augusta. De repente, tiraram um sapato, bateram com o solado repetidas vezes no chão,
calçaram-no novamente e seguiram seu caminho. Um novo tipo de manifestação política? Longe disso. O que a Paulista
viu foi a primeira flash mob (multidão instantânea) brasileira. O fenômeno, mania na Europa e nos Estados Unidos,
consiste em reunir o maior número de pessoas no menor tempo possível - por e-mail e celular - para fazer alguma coisa
estranha simultaneamente. Os nova-iorquinos já invadiram uma loja e gritaram em frente a um dinossauro de brinquedo.
Na versão brasileira, ficou decidido tirar o sapato e batê-lo no chão, como que para tirar areia de dentro.

(Adaptado de Angélica Freitas, “40 segundos de frenesi na Paulista. Flash Mob chega a São Paulo”, Estado de S.Paulo, 14 de agosto de 2003).

2. No produtivo ano de 1979, o grupo encapuzou, com sacos de lixo, as estátuas da cidade, visando chamar a atenção das
pessoas que nunca, ou quase nunca, reparavam em seu dia-a-dia as obras de arte em nossa cidade. Na manhã seguinte, a
imprensa registrou o fato. No mesmo ano vedaram as portas das principais galerias [de lojas] com um X em fita crepe,
deixando um bilhete em cada uma: “O que está dentro fica, o que está fora se expande”. Em 1980, o grupo, em mais uma
ação noturna, estendeu 100 metros de plástico vermelho pelos cruzamentos e entradas no anel viário da Avenida Paulista
com rua Consolação. O Detran, porém, desmontava essa e outras ações do grupo, que realizou uma série de 18
intervenções pela cidade até 1982, quando dissolveu-se.

(Adaptado de Celso Gitahy, “Graffiteiros passo a passo rumo à virada do milênio”, Revista do Patrimônio Histórico, 2, n. 3, 1995, p. 30).

3 . O Mapa

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo
(É nem que fosse o meu corpo.)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei.
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita,
Nas ruas que não andei.
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...

(Mário Quintana, Apontamentos de História Sobrenatural. Porto Alegre: Globo, IEL,1976).

4. As favelas se constituem através de um processo arquitetônico e urbanístico singular que compõe uma estética própria,
uma estética das favelas. (...) Um barraco de favela é construído pelo próprio morador, inicialmente, a partir de fragmentos
de materiais encontrados por acaso. A construção é cotidiana e continuamente inacabada. (...) O tecido urbano da favela é
maleável e flexível, é o percurso que determina os caminhos. (...) As ruelas e becos são quase sempre extremamente
estreitos e intrincados. Subir o morro é uma experiência de percepção espacial singular, a partir das primeiras quebradas se
descobre um ritmo de andar que o próprio percurso impõe.

(Adaptado de Paola Berenstein Jacques, “Estética das favelas”,
em www.anf.org.br).

5. O dia-a-dia das sociedades gira em torno dos objetos fixos, naturais ou criados, aos quais se aplica o trabalho. Fixos e
fluxos combinados caracterizam o modo de vida de cada formação social. Fixos e fluxos influem-se mutuamente. A
grande cidade é um fixo enorme, cruzado por fluxos enormes (homens, produtos, mercadorias, ordens, idéias), diversos em
volume, intensidade, ritmo, duração e sentido. Aliás, as cidades se distinguem umas das outras por esses fixos e fluxos.

(Milton Santos, “Fixos e fluxos – cenário para a cidade sem medo”, em O país distorcido. O Brasil, a globalização e a cidadania. São Paulo: Publifolha, 2002).

6. Cidades globais são aquelas que concentram perícia e conhecimento em serviços ligados à globalização, independente
do tamanho de sua população. (...) Megacidade é outra categoria dos estudos urbanos. As megacidades são áreas urbanas
com mais de 10 milhões de habitantes. (...) Algumas são megacidades e cidades globais, simultaneamente, como Nova
York e São Paulo. (...) As cidades médias são outra categoria de classificação das cidades, com população entre 50 mil e
800 mil habitantes. Abaixo de 50 mil são as pequenas cidades, ideal utópico de moradia feliz no imaginário de milhares de
pessoas.

(Maria da Glória Gohn, “O futuro das cidades”, em www.lite.fae.unicamp.br/revista/art03.htm).

7. Se, por hipótese absurda, pudéssemos levantar e traduzir graficamente o sentido da cidade resultante da experiência inconsciente de cada habitante e depois sobrepuséssemos por transparência todos esses gráficos, obteríamos uma imagem muito semelhante à de uma pintura de Jackson Pollock, por volta de 1950: uma espécie de mapa imenso, formado de linhas e pontos coloridos, um emaranhado inextrincável de sinais, de traçados aparentemente arbitrários, de filamentos tortuosos, embaraçados, que mil vezes se cruzam, se interrompem, recomeçam e, depois de estranhas voltas, retornam ao ponto de onde partiram.

(Giulio Carlo Argan, História da arte como história da cidade. Trad. Pier Luigi
Cabra. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 231). Jackson Pollock, “Silver over Black”

8. A heterogeneidade de freqüentadores dos shopping centers vem se ampliando e é nítida numa cidade como São Paulo,
uma vez que estes, outrora destinados somente a grupos com alto poder aquisitivo, vêm abarcando, em sua expansão por
outras regiões, grupos que antes não faziam parte da clientela usual. A idéia de um espaço elitizado vai sendo substituídapela de um espaço “interclasses”. Além disso, uma “centralidade lúdica” sobrepõe-se à “centralidade do consumo”,
sobretudo na esfera do lazer: especialmente aos fins de semana, os shopping centers transformam-se em cenários, onde
ocorrem encontros, paqueras, “derivas”, ócio, exibição, tédio, passeio, consumo simbólico. Tornam-se uma espécie de
“praça interbairros” que organiza a convivência, nem sempre amena, de grupos e redes sociais, sobretudo jovens, de
diversos locais da cidade.

(Adaptado de Heitor Frúgoli Jr., “Os Shoppings de São Paulo e a trama do urbano: um olhar antropológico”, em Silvana Maria Pitaudi e Heitor Frúgoli Jr. (orgs.), Shopping Centers – espaço, cultura e modernidade nas cidades brasileiras. São Paulo: Editora Unesp, s/d, p. 78).

9. O tombamento de espaços como terreiros de candomblé, sítios remanescentes de quilombos, vilas operárias, edificações
típicas de migrantes e outros dessa ordem, isto é, ligados ao modo de vida (moradia, trabalho, religião) de grupos sociais
e/ou etnicamente diferenciados – já não causa muita estranheza: apesar de ainda pouco comum, a inclusão de itens como
esses na lista do patrimônio cultural oficial mostra a presença de outros valores que ampliam os critérios tradicionais
imperantes nos órgãos de preservação. Em 1994 ocorreu, entretanto, um tombamento em São Paulo que de certa maneira
se diferencia até mesmo dos acima citados: trata-se do Parque do Povo, uma área de 150.000 m2, localizada em região
nobre e das mais valorizadas da cidade. Dividida em vários campos de futebol de terra, é ocupada por times conhecidos
como “de várzea”.

(Adaptado de José Guilherme Cantor Magnani e Naira Morgado, “Futebol de várzea também é patrimônio”, Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 24, 1996, p. 175).

10. Na Rocinha não há quem não respeite o “Doutor” (cirurgião aposentado Waldir Jazbik, 75 anos). Morador há 19 anos
da maior favela da zona sul do Rio de Janeiro, ele sabe que pode caminhar pelas ruas de lá sem medo, mesmo morando em
uma habitação fora dos padrões locais. Sua casa, em estilo colonial, fica num terreno com mais de 10.000 m2. (...) “Meus
amigos da high society diziam que eu era maluco. Eu poderia ter escolhido uma casa num condomínio fechado aqui perto,
mas preferi vir para cá. (...) Só vim para cá porque quero viver a vida que eu mereço viver.”

(Adaptado de Antonio Gois e Gabriela Wolthers, “Médico busca vida tranqüila na Rocinha”, Folha de S.Paulo, 17 de agosto de 2003, p. C4).

PROPOSTA A

Trabalhe sua dissertação a partir do seguinte recorte temático:
A cidade é o lugar da vida, espaço físico no qual acontecem encontros, negociações, tensões, num dinamismo permanente de criação e transformação.

Instruções:

• Discuta a cidade como um espaço múltiplo;
• Argumente em favor de uma visão dinâmica dessa multiplicidade;
• Explore os argumentos para mostrar que a cidade é um espaço que se configura a partir de relações diversas.

Proposta UEM 2008

A coletânea de recortes de textos abaixo, retirados de fontes variadas, aborda uma temática social contemporânea. Tendo a coletânea como apoio, redija os gêneros textuais solicitados.

Quando surgiram, no final da década de 1950, as sacolas de plástico eram motivo de orgulho das redes de supermercados e símbolo de status entre as donas-de-casa. Em meio século, passaram de símbolo da modernidade a vilãs do meio ambiente.

(Revista da Semana, 15/10/2007. Site: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia)

Estima-se que os brasileiros joguem fora, mensalmente, um bilhão de sacolinhas distribuídas pelo comércio, principalmente os supermercados – cada consumidor descarta mensalmente 66 unidades. (...) no Brasil já se vêem comerciantes e consumidores tomarem a iniciativa de substituição da velha sacolinha, politicamente incorreta, e as autoridades começam a buscar soluções para que ela vá saindo do nosso dia-a-dia.
(Revista ISTOÉ, 17/10/2007, p. 76-77)

Grifes brasileiras vão apresentar bolsas de compras reutilizáveis em uma Exposição em São Paulo

(...) No dia 12 de setembro, a exposição Eu não Sou de Plástico exibirá 110 bolsas de compras criadas por estilistas brasileiros (...) Algumas criaram peças a partir de materiais ecologicamente corretos. (...) A idéia da Secretaria do Meio Ambiente é criar o conceito de que saco de plástico é feio, e sacola reutilizável bonita. (...)
Segundo os estudos (...) uma bolsa de lona pode substituir cem saquinhos plásticos. (...) “Mas é preciso orientar as pessoas. Quem faz compras para o mês inteiro não vai levar um monte de sacolas de pano para o mercado”. Ainda será preciso criar alternativas para as compras do mês, que enchem o porta-malas do carro. Uma opção é usar caixas de papelão.

(Revista Época, 13/7/2007, p. 96-97)

Sacolas retornáveis substituindo as de plástico é opção em Ponta Grossa e ganha mercado

(...) sacolas retornáveis, confeccionadas com sacos de ráfia de farinha e açúcar e decoradas com fuxicos e alças de tecidos, é opção em Ponta Grossa para os sacos plásticos utilizados em padarias e supermercados.
O movimento Nós Podemos Paraná em Ponta Grossa lançou uma Campanha para retirar do meio ambiente as sacolas plásticas e ao mesmo tempo gerar renda para famílias carentes (...) “O legal desse projeto é que reutiliza material e não extrai mais matéria-prima virgem”.

(www.fiepr.org.br/nospodemosparana)

Sacolas Reutilizáveis

As sacolas reutilizáveis de longa vida tão pouco são a solução (...) são muito mais grossas e caras (...) Elas também não são higiênicas, a menos que sejam limpas após o uso. Apesar de às vezes serem chamadas “embalagem para a vida inteira”, sua vida útil é limitada, dependendo do tratamento que recebem do usuário, e acabam por se tornar detritos extremamente resistentes quando descartadas.

(Site: www.romaflex.com.br)

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ
PROJETO DE LEI Nº 134/2007 DECRETA:

Art. 1.º Os supermercados, estabelecimentos congêneres e o comércio em geral ficam obrigados a oferecerem aos seus clientes sacolas ou sacos plásticos de material biodegradável ou reutilizável para embalagens dos produtos. (...)

(www.crea-pr.org.br/crea2/html/projetos_lei)

Como leitor, escreva uma carta ao editor de uma revista semanal, com até 15 linhas, expressando sua opinião sobre a temática abordada na coletânea de textos. Assine a carta com apenas a inicial do seu sobrenome final.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Link para proposta de redação do vestibular Unicamp 2010

http://download.uol.com.br/vestibular2/prova/unicamp2010_1afase_redacao.pdf

Proposta de redação


A partir da leitura dos textos abaixo, redija uma dissertação em prosa sobre o tema:


Brasil: afinal, qual a sua verdadeira identidade?


A imagem do Brasil

Quando John Lennon foi assassinado em Nova York, ninguém colocou a culpa nos EUA. A morte do maior de todos os ídolos da música naquele momento foi jogada exclusivamente em cima de um fanático louco. Agora, quando assaltantes mataram o herói neozelandês Peter Blake, em Macapá, o mundo inteiro se levanta contra um crime brasileiro. Porque esse crime é parte de uma imagem negativa que tem o Brasil nos dias de hoje.
A morte do navegador neozelandês não foi ato de fanáticos loucos, mas de assaltantes e não é um fato isolado em um país conturbado pela violência em todas as suas formas, com mortes nas ruas, linchamentos constantes, chacina. Não é a primeira vez que isso ocorre.
No século XIX, quando um brasileiro ia à Europa, era visto como escravocrata; hoje, tenha ou não culpa, cada brasileiro é visto como queimador de florestas da Amazônia, assassino de crianças na Candelária e de presos em Carandiru, como representante de um país com maior violência urbana e maior concentração da renda.
Em alguns países da Europa, o Brasil é visto como o país do turismo sexual, com destaque para o abuso contra crianças. Da mesma maneira como o mundo hoje se pergunta por que somos tão violentos a ponto de assassinarmos um velejador, eles se perguntam como é possível receber semanalmente aviões com turistas que procuram o Brasil como se fosse uma zona de prostituição de menores.
Tudo fruto de um modelo equivocado de desenvolvimento, que ao longo de décadas definiu a riqueza material como o objetivo central da sociedade, que promoveu a chamada lei de Gerson, que concentrou a renda, que abandonou os investimentos sociais, que endividou o país e as pessoas, que tolerou a contravenção, a corrupção, que quebrou os valores tradicionais, que urbanizou-se antes de criar as condições necessárias nas cidades. Um país que escolheu um caminho onde apenas uma parte se incorporava na sociedade e o resto ficava excluído, à margem da riqueza, insuflado pela maldade do modelo para fazer suas próprias maldades.
Cada vez que tomamos conhecimento de atos que nos envergonham, como o desta semana, ficamos indignados durante alguns dias e depois esquecemos. Foi assim com o assassinato dos meninos na Candelária, dos presos em Carandiru, dos mortos por causa da hemodiálise em Caruaru, do menino que perdeu um olho e depois o outro trabalhando no sisal, de um homem que cortou o braço para receber seguro, de um jovem chamado Sandro, que seqüestrou um ônibus no Rio de Janeiro, de cada linchamento ou chacina. Durante um dia lembramos do assunto, mas, de tão acostumados com essas tragédias, elas entram na rotina da banalização e nós esquecemos. O resto do mundo, entretanto, não esquece.
Recentemente, o presidente da República considerou um grande feito ter falado no Parlamento francês. Os deputados daquele país ouviram atentamente, até podem ter simpatizado com a articulação do discurso feito, mas no fundo eles lembravam que aquele senhor representava um país que assassina crianças e nega boas escolas às sobreviventes, um senhor cujo país tem violência e prostituição infantil. Essa imagem não será abolida por meio de discursos.
Para que o Brasil passe a ter uma boa imagem no exterior precisamos mudar a realidade, repetir o gesto da libertação dos escravos, fazendo desta vez uma segunda abolição: a abolição da pobreza. A garantia de que ninguém neste país deixará de ter acesso aos bens e serviços essenciais — comida de que precisa, uma escola de qualidade, um eficiente sistema de saúde, transporte público e um lugar onde morar com água potável, coleta de lixo e esgoto. Isso é possível.
Bastaria, em primeiro lugar, que a indignação diante do assassinato de um herói mundial, velejador e ecologista estrangeiro durasse o tempo que fosse necessário e se ampliasse para incluir nossa indignação também com a desigualdade social de nosso país. E, sobretudo, que cada um de nós assumisse sua parcela de culpa pelo tipo de país que estamos construindo. Foi um grupo de bandidos que assaltou e matou Peter Blake, no Amapá, mas cada um de nós é responsável pelos crimes de cada brasileiro e, sobretudo, pelos fatos que vão degradando nossa imagem diante de nossos olhos e dos olhos dos demais povos do mundo.
Somos nós que, ano após ano, convivemos com um modelo social fabricante de bandidos. Somos nós que, eleição após eleição, elegemos o mesmo tipo de dirigentes insensíveis aos problemas nacionais, aos equívocos nacionais, achando que bonitos discursos mudam a realidade.
Já não temos o que fazer para nos redimir diante de Peter Blake, ou de tantas outras vítimas da visível violência urbana ou da silenciosa maldade social, mas podemos prestar-lhes uma homenagem, fazendo com que suas mortes e sofrimentos não tenham sido em vão, e despertarmos para a necessidade de mudar o Brasil real, para que sua imagem mude também. Diante do mundo e dentro de cada um de nós.

Cristovam Buarque, professor da UnB, autor do livro Admirável Mundo Atual. Extraído de
www.nepet.ufsc.br
O Brasil no exterior é futebol e carnaval

Anônimo - segunda-feira, 29/11/2004 - 09:50

Antes de eu vir para a Europa pela primeira vez, em 1998, eu ficava indignado quando a imagem do Brasil no exterior era composta basicamente por dois itens: futebol e carnaval. Achava que todo mundo deveria saber que o Brasil, além de bom futebol e excelente carnaval, tem uma indústria de manufatura vigorosa, exporta aviões, produz 95% do petróleo que consome, tem um setor de agronegócios competitivo, tem uma cultura própria rica, um povo alegre. Enfim, a lista de coisas para orgulhar-se do nosso país é grande. Mas o país sempre é lembrado pelo futebol e carnaval.
Em 1998 eu e um amigo viemos para a Europa para uma viagem de mochila por um mês. Quando chegávamos nos albergues, bares e restaurantes geralmente éramos atendidos com uma certa frieza. Eu e meu amigo estávamos desconfiados do motivo desse tratramento. Lá pela 2ª semana de viagem, na França, descobrimos que estávamos sendo confundidos com turistas americanos. O motivo era simples: estávamos viajando em junho, época de férias nas escolas dos EUA e, falando um inglês razoável, passávamos por estudantes americanos em férias. Começamos a nos identificar como brazucas. Aí mudou o tratamento que geralmente começava com um sorriso dizendo "ah, Brasil!" e a conversa continuava com uma pergunta sobre um jogador brasileiro ou um com palpite sobre a Copa do Mundo que estava para começar em 2 semanas.
A partir daí comecei a mudar minha idéia sobre o futebol. Hoje acho que é muito bom ser conhecido como o país do futebol e do carnaval. O futebol e o carnaval são coisas alegres, com emoção e que reúnem as pessoas em torno de uma mesma paixão. Não somos conhecidos por invadir países no oriente médio, pelo tráfico de drogas, ou por tentar dominar o mundo através de doutrinas totalitárias. Somos conhecidos pela bola, pela alegria de fazer um gol, pelo Pelé, Ronaldo, Ronaldinho, Kaká...
O escritor e viajante gaúcho Airton Ortiz, que fez viagens por lugares não convencionais como Alaska, Índia, Tibet e África, conta em seus livros que sempre leva algumas camisas "amarelinhas" da seleção brasileira para presentear amigos que faz em suas viagens. Segundo Ortiz, o presente é um sucesso absoluto. Numa de suas viagens, ele teve problemas para atravessar a fronteira de Lesotho com a África do Sul. Depois que presenteou o fiscal da fronteira com uma camiseta amarelinha e disse que era amigo do Pelé, ele pode seguir viagem tranquilo.
Aqui em Londres foi feita uma pesquisa pela Revista Leros (http://www.leros.co.uk/), uma publicação brasileira em Londres, onde foi feita a pergunta "Qual é a primeira coisa que lhe vem na cabeça quando você ouve a palavras Brasil?" As respostas foram futebol com 51%, carnaval com 20% e "país exótico e tropical" com 9%. Violência ficou em 4º lugar com apenas 7%. Para os mais sérios, o futebol em 1º lugar com 52% das respostas pode ser motivo de preocupação, para mim é motivo de alegria: GOLAÇO BRASIL!!!